sábado, 20 de novembro de 2010

"When Man Enters Woman"

When man

enters woman,

like the surf biting the shore,

again and again,

and the woman opens her mouth in pleasure

and her teeth gleam

like the alphabet,

Logos appears milking a star,

and the man

inside of woman

ties a knot

so that they will

never again be separate

and the woman

climbs into a flower

and swallows its stem

and Logos appears

and unleashed their rivers.

This man,

this woman

with their double hunger,

have tried to reach through

the curtain of God

and briefly they have,

though God

in His perversity

unties the knot.


Anne Sexton

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

A menina que calou o Mundo por 5 minutos

Príncipe saudita condenado a prisão perpétua por matar empregado

O príncipe Saud Abdulaziz bin Nasser al Saud, neto do rei saudita Abdullah, foi condenado a prisão perpétua, um dia depois de ter sido condenado pelo assassínio de um empregado, com quem teria relações sexuais, durante a sua estadia num hotel de luxo, em Londres.

A 15 de Fevereiro, a polícia encontrou Bandar Abdulaziz, de 32 anos, deitado numa cama com ferimentos na cara, lábios rasgados, dentes partidos e sinais de estrangulamento. Ontem, o tribunal de Old Bailey condenou o príncipe pelo seu assassinato.

Durante o julgamento, Bandar foi descrito como um “escravo” do príncipe saudita. Câmaras do circuito interno do Landmark Hotel, no centro da capital britânica, onde estavam hospedados para umas curtas férias, mostram Saud Abdulaziz bin Nasser al Saud a entrar no elevador seguido por Bandar Abdulaziz e a começar a espancá-lo, sem resistência. O príncipe sai por segundos e volta a entrar para desferir mais alguns murros.

A acusação argumentou que Bandar Abdulaziz foi morto no culminar de abusos sádicos. Saud Abdulaziz bin Nasser al Saud reconheceu as agressões, mas negou que tivesse assassinado o seu empregado.

Durante todo o julgamento, o príncipe garantiu que não é gay. Mas funcionários do hotel descreveram a relação entre empregado e patrão como “obviamente homossexual”, e há relatos de um massagista que foi chamado ao quarto do príncipe para massagens de cariz sexual. Dois acompanhantes, Pablo Silva e Louis Szikora, também testemunharam que tiveram relações sexuais com ele.

A homossexualidade paga-se com a morte na Arábia Saudita, e por isso o mais provável é que o príncipe, de 34 anos, cumpra a sua pena no Reino Unido. Segundo a imprensa britânica, o príncipe cumprirá uma pena mínima de 20 anos de prisão.



20.10.2010 - 11:20 Por PÚBLICO

sábado, 16 de outubro de 2010

V Festival TRAMA traz Justin Bond ao Ateneu

Slão Nobre. 16.10.2010. 23.30 horas. 


Justin Bond vai apresentar-se no Ateneu Comercial do Porto no âmbito da 5ª edição do TRAMA Festival de Artes Performativas, no próximo dia 16, a partir das 23.30 horas.

Justin Bond apresenta-se nesta edição do TRAMA na companhia do músico, compositor e produtor Lance Horne e dos músicos portugueses Eduardo Raon (harpa e guitarra), João Martins (saxofone), Jorge Queijo bateria), Pedro Gonçalves (contrabaixo). Justin Bond é uma das vozes mais distintas e reconhecidas da cena “queer” da downtown nova-iorquina, vencedor de vários prémios e tendo dedicado uma grande parte da sua carreira ao show de cabaret Kiki and Herb.
Os ingressos podem ser adquiridos junto da organização do Festival.
  
A 5ª edição do TRAMA Festival de Artes Performativas realiza-se de 14 a 17 de Outubro, de novo em vários espaços do Porto, numa iniciativa organizada pela Fundação de Serralves e o Brrr_Live Art, com a colaboração de vários parceiros da cidade. Serão apresentadas várias propostas em estreia nas áreas da música, teatro, dança, performance e ópera digital numa exploração das suas potencialidades performativas e experimentais. Informal e inflexível, a 5ª edição do TRAMA, e à semelhança dos anos anteriores, organiza-se num percurso pela cidade do Porto, congregando agentes e espaços culturais distintos e dialogando com os públicos em espaços institucionais e não-convencionais, interiores e exteriores.
MAS QUEM É JUSTIN BOND
Justin Bond é uma das vozes mais distintas e reconhecidas da cena ‘queer’ da downtown nova-iorquina. Cantor, escritor de canções e performer, Bond foi recentemente descrito como “um lingote de ouro da nova depressão” por Hilton Als no New Yorker. Vencedor dos prémios Obie, Bessie e Ethyl Eichelberger, e nomeado para um prémio Tony, dedicou uma grande parte da sua carreira ao show de cabaret “Kiki and Herb”, durante mais de uma década.

O duo Kiki and Herb surgiu em 1992 na Castro Street, interpretando o casal de um pianista octagenário (Kenny Mellman), acompanhante da velha e decadente diva de cabaret Kiki (Justin Bond). Os espectáculos consistiam em reinterpretações de canções conhecidas e monólogos em que a tónica rapidamente passava da crónica pessoal e trágico-humorística, aos comentários políticos acutilantes e à abordagem a temas taboo de forma ousada e provocatória. Este cabaret de espírito punk de Kiki and Herb viria a ver o sucesso reflectido numa carreira que passou pela Broadway, Royal Albert Hall, Carnegie Hall, Knitting Factory, Soho Theatre de Londres e pelo próprio Auditório de Serralves, entre muitos outros.
Em 2007, Bond estreou Justin Bond is Close To You, uma reinterpretação do clássico álbum dos Carpenters Close To You, apresentado como parte da série Joe’s Pub in the Park no Central Park e depois na Opera House de Sidney na Australia.
Justin Bond decidiu recentemente abandonar a personagem Kiki para se dedicar à criação das suas próprias canções.
Durante os seus estudos no programa de M.A. em Cenografia na Central St. Martins College of Art and Design de Londres, após ter contacto com as teorias e práticas de ‘world-making performance’ (em que o performer conceptualiza um ‘mundo’ personalizado no seu próprio corpo), Justin Bond percebeu que, com Kiki, havia criado um ‘mundo’ cheio de angústias, raiva e caos, que o absorvia há já muito tempo. Estava pronto para dar um novo passo, que se manifestou com a escrita das suas próprias canções, onde se integrariam o seu próprio ‘mundo’, o seu trabalho, a sua prática artística, e a relação com o mundo exterior e a sua comunidade.

Em 2008, foi aplaudido pela crítica com espectáculo Lustre estreado no PS122 na East Village de Nova Iorque, com uma tournée posterior pelo Reino Unido.
Em 2009, lançou o seu primeiro EP com músicas originais, Pink Slip, que decidiu começar a escrever na sua viagem até Short Mountain, no Tennessee, para o encontro de Radical Fairies (movimento gay iniciado nos anos 1970 de carácter indígena na medida em que a natureza gay aparece como central e fundadora da tradição, rejeitando qualquer imitação de padrões heterossexuais, numa redefinição da identidade ‘queer’ através da espiritualidade), movimento ao qual Bond está ligado.
É ainda um ‘Emcee’ regular da série de performances Weimar New York, apresentada em locais como o MoMA de São Francisco, The Spiegeltent e no Joe’s Pub apresentado no Public Theatre de Nova Iorque.
Muitos devem recordar-se ainda da sua prestação no filme de John Cameron Mitchell, Shortbus.

Entidade organizadora: Fundação de Serralves
Web: festivaltrama.com

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

The Heart of the Woman

O what to me the little room   
That was brimmed up with prayer and rest;
He bade me out into the gloom,
And my breast lies upon his breast.

O what to me my mother's care,
The house where I was safe and warm;
The shadowy blossom of my hair
Will hide us from the bitter storm.

O hiding hair and dewy eyes,
I am no more with life and death,
My heart upon his warm heart lies,
My breath is mixed into his breath.



W. B. Yeats

sexta-feira, 30 de julho de 2010

domingo, 25 de abril de 2010

Carolina Beatriz Ângelo


"A 1ª República foi proclamada a 5 de Outubro de 1910 e durou até 1926. Neste período procurou-se melhorar as condições de vida da população. Apesar de todas as espectativas, Portugal permaneceu pouco desenvolvido e a participação na 1ª Guerra Mundial acentuou as dificuldades económicas. Os governos republicanos não conseguiram solucionar os problemas. O descontentamento aumentou e ocorreram inúmeras greves e revoltas. Apoiei o novo regime republicano e fui a 1ª mulher a votar em Portugal, nas primeiras eleições depois da implantação da República, em 1911."
Carolina Beatriz Ângelo
1877-1911

terça-feira, 20 de abril de 2010

As Dúas Marías

Uma vísita a Santigo de Compostela,
em pleno Ano Santo 2010, o que se descobre. . .

'As Dúas Marías': Unha vida de resistencia fronte á represión franquista
Entrevistamos a Henrique Rivadulla Corcón director do documental 'Coralia e Maruxa. As irmás Fandiño'.

Marcos S. Pérez - 09:00 14/04/2008

Tags: dúas marías documental irmáns fandiño rivadulla corcón

A estatua das Dúas Marías, situada na entrada da Alameda de Compostela, é ben coñecida por todos, santiagueses ou non. De aí partiron grandes manifestacións nos últimos anos, e moitos coñecen a sigularidade destas dúas mulleres que en plena ditadura escandalizaban os poderes estabelecidos coa súa actitude provocadora e as súa roupa de cores. Na mente de todos ficaron como dúas tolas, pero detrás de todo iso hai unha historia de represión política na guerra e na postguerra. O documental que este venres se estrea, dirixido por Rivadulla Corcón, conta a verdadeira historia das irmás Fandiño, "a cor naquela cidade tan gris".

En Compostela, e practicamente en todo o país, case todo o mundo oíu falar das 'Dúas Marías' e viu a súa estatua na Alameda. Pero realmente coñécese a súa historia?
A historia coñécese moi superficialmente. En Compostela hai moita xente que as recorda, que vía como saían pasear todos os días pola zona vella ás dúas da tarde ('as dúas en punto', así as chamaban), e que lembra a forma en que ían vestidas, con cores moi vivas, todo un espectáculo para a época, sobre todo tratándose de dúas mulleres, e sobre todo tratándose de Compostela. A cidade nos anos cincuenta e sesenta era un lugar moi gris, en moitos sentidos, e entre a cor da pedra e que a xente ía vestida de negro e gris, de maneira moi austera, daba a impresión de ser unha cidade moi triste. Elas dúas eran a cor nese mundo gris.

Estaban tolas, como quedou en parte na conciencia colectiva, ou había algo máis detrás desa actitude?
Esa actitude levaba a pensar a todo o mundo que elas estaban tolas. Ademais eran moi retraídas e mantiñan unha relación moi distante cos veciños, permanecían recluídas na casa e negábanse a saír pola noite. En realidade a verdadeira razón de por que vestían así, ou se estaban tolas ou non, só o saben elas. Pero hai unha serie de feitos históricos innegábeis que de seguro influíron.

Relacionadas coa militacia anarquista da familia...
Si, a familia Fandiño Ricart eran once irmáns, e cando menos tres deles eran militantes moi destacados da CNT en Galiza, tan destacados que un deles, Antonio Fandiño, chegou a ter responsabilidades moi importantes na CNT a nivel estatal durante a guerra. No 36 un dos irmán foi paseado, e outros dous fuxiron e estiveron agachados durante anos, sendo finalmente detidos e encarcerados.

Elas sufriron a represión dos fascistas?
A policía presionounas moito a elas dúas, para que revelasen onde se agachaban os seus irmáns. Non houbo forma de demostralo até o momento, pero sábese que foron torturadas pola policía, e dise que unha delas foi violada no Pedroso. Pódese entender que en parte a súa 'loucura' ou a súa actitude estraña partise de aí, ou tamén poderiamos pensar que a 'loucura' fose simplemente un disfrace que elas usaban para sobrevivir nesa situación tan dura. Había unha represión directa, e había outras formas de represión; elas eran costureiras, pero despois da guerra as familias 'ben' de Santiago deixaron de facerlles encargos, por pertencer elas á familia á que pertencían, por pertencer aos vencidos.

De que vivían?
Eran de familia humilde, fillas dun zapateiro, e despois da Guerra vivían moi mal, pero ían aguantando grazas á caridade e á axuda de moitas persoas da cidade. Pero era un tipo de caridade moi particular. En parte porque non estaría ben visto darlles publicamente unha axuda, e porque elas non a aceptarían, moita xente deixáballes cartos en varios comercios da cidade, sobre todo no Supermercado Carro (que aínda existe), na praza do Toural. Alí, Tito Carro dáballes comida e outros produtos cos cartos que fora deixando a xente, pero enganábaas dicíndolles que eran promocións dos produtos, agasallos das marcas... Seguramente elas sabían a verdade, pero seguían o xogo.

Daquela os cidadáns composteláns queríanlles ben...
Conta Fermín Bescansa que nos anos sesenta unha treboada acabou co tellado da súa casa, e que para arranxalo organizouse unha colecta. En moi pouco tempo recadaron 250 mil pesetas, que na época era unha cantidade impresionante, máis o menos o que custaba un piso. Tamén conta Bescansa que cando entraron arranxar o teito, viron as ruíns condicións nas que vivían, pois a casa non tiña nin chan, que era de terra.

En definitiva non podemos saber con certeza se a súa actitude rebelde tiña unha intencionalidade política...
Non hai probas de que elas militasen na CNT, pero é moi posíbel que así fose. E en calquera caso, parece claro que tiñan unha ideoloxía de esquerdas. Polo tanto, creo que podemos pensar que a súa actitude era plenamente consciente e decidida, un acto de rebeldía e provocación ao réxime. Tamén era moi provocador, para a época, o feito de aceptar piropos dos estudantes, e de facer xogos románticos con eles, de facer as beiras e deixarse facer as beiras.

Que papel ten César Lombera na recuperación das irmáns Fandiño?
César Lombera é unha peza clave na recuperación das irmáns Fandiño. Maruxa morreu no 1983, e aínda que as dúas eran coñecidas por todos os composteláns, Lombera pensaba que merecían unha homenaxe, e que todos coñecesen a súa historia. Durante anos propúxolle ao Concello facerlles un monumento, e despois de nove anos de intentalo, finalmente Xerardo Estévez accedeu, xa nos anos noventa, a instalalo na Alameda. Ese foi o inicio da recuperación da súa memoria. Moitos tomamos conciencia de que había que contar a súa historia, porque non podían pasar á historia como "dúas tolas".

Con que materiais contaches para o documental?
Contamos con algunhas fotografías e un vídeo moi breve. E o resto do documental son as achegas da xentes que as coñeceu, ou que entendeu e estudou as circunstancias que tiveron que pasar, como Encarna Otero, o propio Lombera, Salvador García Bodaño, Bernardino Graña, Dionisio Pereira. E no documental aparece moito, evidentemente, a cidade de Compostela, que se erixe en protagonista.

Compostela ten moitos símbolos, evidentemente, pero as irmáns Fandiño poderían ser reivindicadas como símbolo de Santiago igualmente, non cres? Un símbolo vivo, humano, ademais.
Pois precisamente fala diso Farruco, que é o narrador do documental. Conta que no enterro de Maruxa, unha persoa que coñecía de tomar cuncas pola Rúa de San Pedro díxolle que en Santiago había dous monumentos: a Catedral e as Marías, pero que as Marías tiñan unha vantaxe, que eran un monumento vivo, real, algo que nunca debeu pasar pero que pasara; que eran verdade.

domingo, 14 de março de 2010

Invenção

Se é por mim que traço
o teu retrato,
a sobrancelha, a boca
o pensamento

É por ti, também
que já o guardo
e o demoro naquilo que eu
invento

A mão descida ali
o ombro inclinado

Os dedos descuidados
o gesto de que lembro

Se é por mim que faço
o teu retrato
dizendo de ti mais do que
entendo

É por ti que o testemunho
e faço:
o nariz, a face dissimulando os dentes

Deixo para o fim os teus lábios
os olhos deste mar
com a cor do luar
a meio de Agosto

Se desvendo de ti o sol-posto
é porque vejo o coração
amar
e nada mais me dá tamanho gosto


Maria Teresa Horta

quinta-feira, 4 de março de 2010

NÓS

. .a special warm thank you to my most admirable. . .

A Room of One’s Own (1929)


'All I could do was to offer you an opinion upon one minor point—a woman must have money and a room of her own if she is to write fiction; and that, as you will see, leaves the great problem of the true nature of woman and the true nature of fiction unsolved'.
-Ch. 1

Virginia Woolf

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

As Meninas Ós

Uma era gorda que nem uma baleia. A outra, magra que nem um palito. Inseparáveis. Os meninos da rua chamavam a uma, Orca , e a outra, Olívia. Logo, viraram as Ós. Os meninos diziam que, juntando as Ós, podiam fazer quatro mulheres normais. As Ós, não estavam para aí viradas. Orca e Olívia descobriram a dor e a delícia. Casaram. De tanto amor, Olívia engravidou da esposa. Deu à luz gémeas: uma bem gordinha, outra bem magrinha. Duas meninas Ós. Mães e filhas são, nas palavras do médico, saudáveis. E absolutamente normais.
Cíntia Moscovich, in Contos de Bolsa, org. Laís Chaffe, Casa Verde, Porto Alegre, 2006, p. 36.

sábado, 16 de janeiro de 2010


'No Mundo existem muitos Deuses (. . .) muitas crenças, logo é uma criação do Homem'.


Antena 3, Prova Oral - Dezembro 2009

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Consorting With Angels

a dedication from Green Elf's most admirable. . .

I was tired of being a woman,
tired of the spoons and the post,
tired of my mouth and my breasts,
tired of the cosmetics and the silks.
There were still men who sat at my table,
circled around the bowl I offered up.
The bowl was filled with purple grapes
and the flies hovered in for the scent
and even my father came with his white bone.
But I was tired of the gender things. Last night I had a dream
and I said to it...
"You are the answer.
You will outlive my husband and my father."
In that dream there was a city made of chains
where Joan was put to death in man's clothes
and the nature of the angels went unexplained,
no two made in the same species,
one with a nose,
one with an ear in its hand,
one chewing a star and recording its orbit,
each one like a poem obeying itself,
performing God's functions,
a people apart."You are the answer,"
I said, and entered,
lying down on the gates of the city.
Then the chains were fastened around me
and I lost my common gender and my final aspect.
Adam was on the left of me
and Eve was on the right of me,
both thoroughly inconsistent with the world of reason.
We wove our arms together
and rode under the sun.
I was not a woman anymore,
not one thing or the other.
O daughters of Jerusalem,
the king has brought me into his chamber.
I am black and I am beautiful.
I've been opened and undressed.
I have no arms or legs.
I'm all one skin like a fish.
I'm no more a woman
than Christ was a man.


Anne Sexton