A 15 de Fevereiro, a polícia encontrou Bandar Abdulaziz, de 32 anos, deitado numa cama com ferimentos na cara, lábios rasgados, dentes partidos e sinais de estrangulamento. Ontem, o tribunal de Old Bailey condenou o príncipe pelo seu assassinato.
Durante o julgamento, Bandar foi descrito como um “escravo” do príncipe saudita. Câmaras do circuito interno do Landmark Hotel, no centro da capital britânica, onde estavam hospedados para umas curtas férias, mostram Saud Abdulaziz bin Nasser al Saud a entrar no elevador seguido por Bandar Abdulaziz e a começar a espancá-lo, sem resistência. O príncipe sai por segundos e volta a entrar para desferir mais alguns murros.
A acusação argumentou que Bandar Abdulaziz foi morto no culminar de abusos sádicos. Saud Abdulaziz bin Nasser al Saud reconheceu as agressões, mas negou que tivesse assassinado o seu empregado.
Durante todo o julgamento, o príncipe garantiu que não é gay. Mas funcionários do hotel descreveram a relação entre empregado e patrão como “obviamente homossexual”, e há relatos de um massagista que foi chamado ao quarto do príncipe para massagens de cariz sexual. Dois acompanhantes, Pablo Silva e Louis Szikora, também testemunharam que tiveram relações sexuais com ele.
A homossexualidade paga-se com a morte na Arábia Saudita, e por isso o mais provável é que o príncipe, de 34 anos, cumpra a sua pena no Reino Unido. Segundo a imprensa britânica, o príncipe cumprirá uma pena mínima de 20 anos de prisão.
20.10.2010 - 11:20 Por PÚBLICO
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